Hoje em dia, dados são tão valiosos quanto dinheiro para qualquer empresa. Mais do que simples registros, eles representam inovação, competitividade e diferenciação no mercado. Por isso, a proteção dessas informações sensíveis não pode ser negligenciada. Mas proteger dados vai muito além de criar senhas fortes: exige estratégia, tecnologia e, acima de tudo, conscientização.

A importância da resiliência empresarial

A segurança da informação é um pilar que precisa ser sustentado por toda a organização. Isso envolve processos bem estruturados, ferramentas adequadas e uma cultura de proteção de dados. Informações pessoais de clientes, dados financeiros e documentos internos devem ser resguardados com atenção redobrada.

Além de preservar a integridade do negócio, seguir boas práticas de segurança é essencial para manter a conformidade com regulamentações. Um vazamento de dados pode resultar em multas, processos judiciais e perda de credibilidade no mercado.

A primeira linha de defesa: o colaborador

Funcionários bem treinados são aliados fundamentais no combate a ameaças cibernéticas. Porém, além do treinamento, outras medidas práticas podem — e devem — ser aplicadas:

1. Política de senhas fortes e autenticação em dois fatores

Parece básico, mas ainda é comum encontrar senhas como “123456” ou “Brasil”. Ter uma política rigorosa de criação e troca periódica de senhas é essencial. Além disso, a autenticação em dois fatores (2FA) adiciona uma camada extra de proteção, dificultando o acesso indevido mesmo se a senha for descoberta.

Dica extra: evite armazenar senhas em navegadores ou em sistemas de preenchimento automático.

2. Antivírus e firewall: os guardiões da rede

O firewall funciona como uma muralha, bloqueando acessos indevidos antes que eles atinjam a rede interna. Junto com um antivírus atualizado, eles formam uma dupla indispensável para impedir invasões e detectar ameaças como malwares e ransomwares.

3. Proteção dos dispositivos: segurança de endpoint

Com o crescimento do trabalho remoto, proteger dispositivos conectados à rede corporativa se tornou obrigatório. Computadores, tablets e celulares precisam ter sistemas de segurança atualizados para evitar brechas que possam comprometer toda a empresa.

4. Criptografia de dados e controle de acesso

Criptografar arquivos garante que, mesmo interceptados, os dados permaneçam inacessíveis para terceiros. Somado a isso, restringir o acesso a informações sensíveis apenas a quem realmente precisa minimiza os riscos de vazamento interno.

5. Monitoramento e Zero Trust Architecture

Ferramentas de monitoramento detectam atividades suspeitas em tempo real, possibilitando ações rápidas contra ameaças. Já o conceito de Zero Trust (Confiança Zero) reforça a ideia de que nenhum dispositivo ou usuário deve ser automaticamente confiável — verificação constante é a palavra de ordem.

Segurança é um processo contínuo

Adotar essas práticas é apenas o começo. A segurança da informação precisa ser revista e atualizada constantemente. Como alerta Vinicius Menezes, engenheiro de sistemas da Unentel: “Segurança não é um projeto com data para acabar, mas um esforço contínuo para estar sempre à frente dos cibercriminosos.”

Proteger seus dados não é apenas proteger sua empresa — é garantir seu futuro no mercado.

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