Mitos e Verdades Sobre a Fiscalização do Pix
1. Haverá a criação de impostos ou taxas sobre o Pix?
Mito.
Não haverá cobrança de impostos, taxas ou tributos diretamente sobre o uso do Pix. Segundo o Secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, a Constituição Federal proíbe a criação de tributos sobre movimentação financeira, e não há qualquer iniciativa em andamento para mudar isso.
2. Pix acima de R$ 5 mil será taxado.
Mito.
Transações acima de R$ 5 mil não serão taxadas. O que ocorre é que operações que somem esse valor ou mais em um mês passarão a ser monitoradas para identificar eventuais irregularidades, como possíveis casos de sonegação fiscal. Contudo, isso não implica em custos adicionais para o contribuinte.
3. A Receita Federal monitorará o Pix em tempo real.
Mito.
A Receita Federal não acompanha as transações por Pix em tempo real. Os bancos e instituições financeiras são obrigados a enviar relatórios financeiros semestrais contendo informações de movimentações que ultrapassem os limites estabelecidos: R$ 5 mil mensais para pessoas físicas e R$ 15 mil mensais para pessoas jurídicas. Esse processo respeita o sigilo bancário e segue critérios específicos.
4. Todo ganho agora deve ser declarado à Receita Federal.
Parcialmente verdade.
Se os seus rendimentos superam o limite de isenção do Imposto de Renda, eles devem ser declarados, assim como já era exigido anteriormente. Para rendas abaixo do limite, as regras permanecem as mesmas.
5. Pessoa física precisará cumprir novas obrigações.
Mito.
Nada muda para o cidadão comum. A nova normativa é direcionada exclusivamente a instituições financeiras e intermediários de pagamento regulados pelo Banco Central, CVM, Susep e Previc. Para pessoas físicas, não há novas declarações ou obrigações fiscais adicionais.
6. Não posso mais emprestar meu cartão de crédito para familiares.
Mito.
O empréstimo de cartão para familiares não é ilegal nem representa um problema fiscal, mesmo em casos de movimentações atípicas. A Receita Federal realiza cruzamentos de dados entre várias fontes para identificar padrões incomuns, mas operações como essa são consideradas práticas comuns entre brasileiros e não despertam preocupação imediata.
Afinal, o que realmente muda?
O objetivo da Receita Federal com a intensificação da fiscalização é identificar movimentações financeiras que possam sugerir irregularidades, como sonegação de impostos ou lavagem de dinheiro. Porém, para o contribuinte comum, que mantém suas obrigações fiscais em dia, não há com o que se preocupar.
A disseminação de informações equivocadas pode gerar ansiedade desnecessária. Por isso, procure sempre fontes confiáveis e consulte profissionais qualificados, como contadores, para esclarecer qualquer dúvida.
Se você tem dúvidas sobre como a fiscalização pode afetar suas atividades, acompanhe os comunicados oficiais da Receita Federal ou consulte seu contador de confiança.