Desde 1º de janeiro de 2025, o Pix — uma das formas de pagamento mais populares no Brasil —, assim como todas as demais movimentações financeiras, passarão a ser monitorados de perto pela Receita Federal. Isso ocorre devido à entrada em vigor da Instrução Normativa RFB nº 2219, de 17 de setembro de 2024. Essa norma exige que bancos e instituições financeiras informem movimentações financeiras acima de R$ 5.000 (para pessoas físicas) e R$ 15.000 (para pessoas jurídicas).

Se você costuma realizar ou receber pagamentos expressivos via Pix, saiba que a Receita Federal estará de olho. Mas o que exatamente isso significa para você? Como se preparar para evitar problemas fiscais? Neste artigo, exploramos as principais dúvidas e oferecemos orientações para proteger suas finanças.

Perguntas e Respostas sobre a Instrução Normativa RFB nº 2219

1. O que é a Instrução Normativa 2219?

A Instrução Normativa RFB nº 2219 é uma norma da Receita Federal que obriga bancos, administradoras de cartões de crédito e instituições de pagamento a enviar informações semestrais sobre movimentações financeiras acima de:

  • R$ 5.000 para pessoas físicas;

  • R$ 15.000 para pessoas jurídicas.

2. Quando essa norma entra em vigor?

A obrigatoriedade começa a valer em 1º de janeiro de 2025. A partir dessa data, as instituições financeiras deverão reportar movimentações que ultrapassem os valores estabelecidos.

3. Quem será afetado?

  • Pessoas Físicas: Qualquer movimentação superior a R$ 5.000 em sua conta bancária, via Pix, cartões de crédito ou outros meios de pagamento será informada.

  • Pessoas Jurídicas: Movimentações acima de R$ 15.000 também serão reportadas.

4. Qual o objetivo da Receita Federal com essa norma?

O objetivo principal é combater a sonegação de impostos e monitorar movimentações financeiras irregulares. Muitos profissionais liberais e empresas acreditam, erroneamente, que recebimentos via Pix estão isentos de impostos. A Receita busca garantir o cumprimento das obrigações fiscais.

5. O que acontece se minhas movimentações forem consideradas irregulares?

Movimentações suspeitas podem gerar fiscalizações, cobrança de impostos retroativos, multas e juros. Em casos mais graves, pode haver processos administrativos ou até judiciais.

Como se preparar para essa mudança?

1. Emita notas fiscais

Se você é profissional liberal ou empresário, certifique-se de emitir notas fiscais para todas as transações. Isso demonstra regularidade e facilita a comprovação de rendimentos.

2. Organize suas finanças

Mantenha um controle detalhado de suas receitas e despesas. Utilize ferramentas de gestão financeira ou planilhas para categorizar suas movimentações.

3. Consulte um contador

Um contador pode ajudar a regularizar sua situação fiscal, identificar possíveis problemas e sugerir soluções para evitar multas.

4. Regularize situações passadas

Caso tenha cometido erros fiscais anteriormente, considere programas como o Refis (Programa de Recuperação Fiscal), que oferecem condições especiais para quitar dívidas.

Impactos específicos sobre o Pix

O Pix não é uma forma de escapar da fiscalização. Pelo contrário, ele está totalmente integrado ao sistema financeiro. Todas as movimentações acima dos valores estipulados serão automaticamente reportadas à Receita Federal.

Conclusão: Fique atento e proteja suas finanças

Com a entrada em vigor da Instrução Normativa RFB nº 2219, a Receita Federal terá mais ferramentas para monitorar movimentações financeiras. Regularize sua situação fiscal, emita notas fiscais e organize suas finanças. Não espere ser surpreendido por multas ou fiscalizações. Consulte um contador e esteja preparado para as mudanças que vão impactar a todos.

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