Setembro, além de marcar a chegada da primavera, também é um mês crucial para a conscientização sobre a saúde mental, graças à campanha nacional do Setembro Amarelo. Este é o momento ideal para empresas, líderes e colaboradores se unirem para discutir abertamente questões relacionadas à saúde mental no trabalho, incluindo a Síndrome de Burnout, uma doença ocupacional cada vez mais reconhecida.

O Ambiente de Trabalho e a Saúde Mental

O local de trabalho pode ser um ambiente desafiador, com pressões, desgastes e até mesmo relações tóxicas. Diante disso, iniciativas como o movimento “EPIs da saúde mental”, criado pela jornalista Izabella Camargo, ganham destaque por promoverem a segurança psicológica no ambiente profissional. Camargo, que compartilhou sua própria experiência com o burnout em 2018, defende a criação de “equipamentos de proteção” para a mente, assim como existem para o corpo.

Os “EPIs da Saúde Mental”

Esses “EPIs” são ferramentas que estabelecem limites e protegem a saúde mental dos colaboradores. No âmbito corporativo, Camargo destaca a importância do letramento da liderança, do direito à desconexão e da flexibilidade. Individualmente, a autorresponsabilidade, a terapia e a educação financeira são cruciais.

Identificando os Sintomas do Burnout

A jornalista compartilha sua experiência pessoal com o burnout, revelando sintomas como manchas na pele, alergias, queda de cabelo, problemas gastrointestinais, taquicardia e até mesmo dificuldades cognitivas. Esses sintomas, muitas vezes negligenciados, são manifestações físicas do estresse crônico, um problema grave que precisa ser enfrentado.

Assédio Moral e Burnout

O burnout não está necessariamente ligado ao trabalho em si, mas sim ao assédio moral que pode ocorrer no ambiente profissional. A desqualificação profissional, a sobrecarga de trabalho, o isolamento, a violência verbal e as humilhações públicas são exemplos de humilhações que podem desencadear o burnout.

Excesso de Confiança x Síndrome da Impostora

Camargo aponta uma contradição interessante: enquanto algumas pessoas sofrem com a síndrome da impostora, duvidando de suas capacidades, outras caem na armadilha do excesso de confiança, ignorando os sinais de exaustão do corpo. A comunicação aberta e a inteligência emocional são fundamentais para prevenir o burnout.

Setembro Amarelo: Além dos Números

O Setembro Amarelo vai além das estatísticas sobre o suicídio. É sobre reconhecer e acolher a dor invisível que muitas vezes leva as pessoas a esse ato extremo. Oferecer apoio, informação e um canal de comunicação seguro, como o CVV, é essencial para salvar vidas.

Amar Demais o Trabalho: Uma Armadilha

O amor excessivo pelo trabalho pode ser uma armadilha perigosa. A “armadilha da competência”, em que o reconhecimento se traduz em mais trabalho, pode levar ao esgotamento.

Superando o Burnout

Reconhecer os sinais e buscar tratamento são os primeiros passos para superar o burnout. A recuperação é um processo contínuo, que exige autoconhecimento, limites e responsabilidade.

Conclusão

O Setembro Amarelo é um lembrete poderoso da importância de cuidar da saúde mental no ambiente de trabalho. Empresas, líderes e colaboradores têm um papel fundamental na prevenção e no combate ao burnout. Através do diálogo aberto, da conscientização e da implementação de “EPIs da saúde mental”, podemos construir um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo para todos.

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